Qual foi o destino das armas que foram produzidas em massa durante o periodo conhecido como Guerra Fria? Uma potência que acabara de se dissolver, com um estoque imenso de armas e com líderes militares descontentes, não poderia ser melhor negócio para os traficantes de armas.
Estes viram, na extinta União Soviética, um prato cheio e de fácil acesso para a venda clandestina de armas. O maior fluxo de venda de armas (principalmente o fuzil AK-47, uma arma importada da Rússia que tem alcance superior a 1 km e dispara tiros intermitentes e rajadas, possui calibre 762 com alto poder de destruição) foi para a África e o Oriente Médio, regiões que possuem aspectos em comum. Ambas estão constantemente em guerra e possuem uma população de minoria rica e uma maioria extremamente miserável. Em outras palavras, enquanto para uns a guerra estava terminando, para outros estava apenas começando. Como forma de se evitar a guerra, foram criadas Organizações Internacionais, como a ONU, cujo objetivo maior do seu Conselho de Segurança é manter a paz mundial. No entanto, os cinco membros permanentes do Conselho - EUA, Reino Unido, França, Rússia e China - são os maiores contrabandistas de armas do mundo. Se aqueles que devem lutar para manter a paz são os que mais alimentam as guerras e os conflitos, o que será do do futuro da humanidade? Em pleno século XXI, o homem ainda não aprendeu a conviver com seu semelhante, apesar de já ter ocorrido duas guerras mundiais e ter estado na eminência de uma terceira. Aliás, desde tempos remotos sabemos que o homem é um guerreiro em potencial, pois se observarmos a história da humanidade, iremos constatar que a maior parte do tempo o homem passou em guerras, lutando por posse de terras, de gado, de escravos, entre tantos outros motivos. O mundo possui uma cultura que semeia o ódio e até mesmo aqueles que se propuseram a defender a paz estão cobertos de sangue, e isso continuará até que o homem se dê conta que existe algo mais importante que sua ambição e interesse pessoal.
